"A ciência precisa falhar para avançar" Marcelo Gleiser.
Ao me deparar com a afirmação acima, fiquei pensando nas minhas, nas suas, nas nossas falhas.
Quantas vezes, ao escolhermos "errado", nossas vidas se transformaram?
E por que, então, somos tão rígidos com esse assunto? Por que é tão difícil aceitar nossos erros, e, principalmente, por que demoramos tanto para entender que se não fossem por eles, não teríamos chegado até aqui?
Por que não nos permitimos errar? Se a cada novo dia nasce junto uma nova chance, um novo recomeço. O que ganhamos com essa intransigência?
Na ciência, postula-se uma hipótese para sair em busca de sua confirmação experimental. Ora, e na vida não seria exatamente da mesma forma?
Quando escolhemos um caminho a seguir, quando temos nossas crenças, nossas metas, determinamos uma estratégia e tentamos segui-las. Aí está a nossa experimentação da vida real.
O que penso a partir de tudo isso: qualquer autopunição pelos nossos enganos deveria se transformar em aceitação dos ensinamentos acumulados no percurso.
Temos nos tornado, cada vez mais, uma sociedade imediatista. Tudo é urgente, tudo é importante, e, ao mesmo tempo, 10min depois nada disso tem mais sentido. Consumimos por consumir, sem racionalizar; somos inundados por informações superficiais, e quando não, equivocadas ou "fake news".
Na contramão dessa corrida contra com o tempo estão as nossas oportunidades. Ao contrário do que somos capazes de perceber, elas nos rodeiam, porém, só podemos avistá-las nos momentos em que estamos mais relaxados e mais distantes dessa histeria do imediatismo e da busca pela perfeição - que nos impede de aprender com nossas falhas, nossos limites.
Diante disso, quero propor a todos nós que, a partir de hoje, sejamos mais flexíveis com nossas escolhas e com os resultados delas. Que a gente sempre possa apreciar a vista como um todo, sem focar nos detalhes que nos aprisionam, que sejamos capazes de compreender a grandiosidade da nossa experiência de vida, construída a cada dia, em cada passo.
Afinal, o certo e o errado não são conceitos absolutos, sempre dependem do ponto de vista.
Aho!
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